Pensar a educação no século XXI não é uma tarefa fácil. A maneira de ensinar e de aprender demanda dos professores e gestores da educação uma adaptação abrupta devido ao mundo digital que emergiu em nosso meio, após a virada do milênio. De um lado, temos a vasta literatura educacional que vai desde as mais conservadoras à mais progressista (neste campo tem muita coisa boa para se tirar, tem muitos métodos que funcionaram de uma forma ou outra para o avanço das metodologias de educação); de outro lado, a emergência do mundo digital e o acesso à informação (crianças com acesso a diversas informações), várias formas de se fazer aula on-line e diferenciadas, que não necessariamente seguem as tendências pedagógicas que são conhecidas pelos professores.
Neste sentido, como criar projetos educacionais que possam amparar os gestores e professores, em especial os da rede pública de educação, que são os principais mediadores de inserção de conhecimentos básicos sobre os valores da vida e da convivência humana, com, ou sem o mundo digital? A qualificação da educação depende de um processo no qual professores e alunos possam cumprir as diretrizes das políticas educacionais da esfera municipal à nacional, bem como, colaborar com um planejamento de dinâmicas educativas que motivem educandos vivenciar os valores básicos de convivência humana, considerando que vivemos em um tempo totalmente diferente por consequência do avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
Por mais que vivemos um tempo que exige respostas imediata não podemos perder de vista os valores da vida que são confirmados por exemplo na Declaração de Incheon (Fórum Mundial de Educação, 2015) que propõe uma visão para a educação como bem público e direito humano fundamental, com ênfase na qualidade, na garantia do acesso, inclusão e equidade, e nas oportunidades de educação ao longo da vida, conforme diz trecho da declaração: “Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” (Unesco, 2015).
Acredito que a base metodológica mais adequada para se seguir neste período seja a de Metodologias Ativas pela sua versatilidade em integrar as várias tendências pedagógicas com capacidade de conexão entre os valores humanos de convivência e o avanço do mundo digital por meio das TICs.
A complexidade da educação está em pensar um “processo educativo que possa ser utilizado no ensino presencial, híbrido ou online”. Processo este que possa ser aplicado em sistemas de ensino, matrizes curriculares, cursos, aulas ou mesmo na educação informal. E, o grande desafio: “adequar uma aprendizagem aplicável nas diferentes ciências e saberes à problematização da realidade, em uma visão holística, com ênfase na criatividade, na ética do cuidado, no pensamento crítico, na colaboração, na autonomia, no diálogo, na resolução de problemas e na transformação social”.
Para que tenhamos sucesso na construção da estratégia educacional vale ressaltar que todos os envolvidos no processo de educação deverão participar, sejam eles: Gestores; Professores; Alunos e Pais
Rudimar Barea é Mestre em Filosofia – Diretor do Vívere Instituto Educacional e da Faculdade CENSUPEG-MARAU